Ó rico ganancioso Reparte com quem não tem Lembra-te de quem trabalha que sem ele não és ninguém. Arrepende-te que estás a tempo De cumprir o teu dever Mas lembra-te que o desgraçado Não ganha para se manter. Lá vem um dia mais tarde Que te encontras arrependido Olha que a riqueza da terra Não a levas p’ró jazigo. Sabe Deus o que custa Por esmola pedir pão Mas se os polícias o encontram Ameaçam-no com a prisão. Lá vai o pobre mendigo Para a rua a mendigar Muitas é a fome Que o obriga a roubar.