Um dos factos que mais me orgulha enquanto Português é o de termos sido pioneiros na abolição da Pena de Morte.
De facto fomos o primeiro país Europeu Moderno a fazê-lo. Antes de nós, na história contemporânea Europeia, apenas o Grão-Ducado da Toscana, o tinha feito.
Gen. Ramalho Eanes sobre a Pena de Morte
Sou, em absoluto, contra a pena de morte. Decide-se que um homem falhou definitivamente. Mas quem tem o direito de dizer que um homem falhou assim? Ninguém! A mais bela definição de Homem – a de Rousseau – é que ele é um ser perfectível, capaz, pela sua própria natureza, de se aperfeiçoar sempre, por mais nefasto que tenha sido o seu passado. Além disso, o homem tem direitos naturais que ninguém pode retirar. E o direito básico, primeiro, é o direito à vida. Digo mesmo que não há uma democracia real onde há pena de morte, onde o Estado assassina, legalmente, cidadãos.
Num mundo cada vez mais crispado, e onde ainda existem grandes potências democráticas, como os Estados Unidos da América, onde a Pena de Morte é aplicada recorrentemente, é algo de louvar a nossa persistência na luta contra ela.
É mais um motivo para amar Portugal.