Tratado das Alcáçovas

A 4 de Setembro de 1479 finalizavam-se as negociações entre os vários monarcas ibéricos ponto no papel um dos tratados mais importantes da história Ibérica, e dos mais relevantes a nível mundial.
Por um lado, e como propósito primário, serviu para por fim à Guerra da Sucessão de Castela (1475-1479) com a renúncia por parte do Rei de Portugal, D. Afonso V, de qualquer pretensão sobre o trono Castelhano, e por outro lado os Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, renunciavam igualmente qualquer pretensão ao trono Português.

E se esta parte do tratado foi a mais importante no curto prazo, a divisão Atlântica seria muito mais relevante a longo prazo.
Nela era descrito que Castela teria direito às ilhas que já ocupava nas Canárias. Ao mesmo tempo todas as posições Portuguesas, incluindo as da Guiné, Madeira e Açores, já presentes mantinham-se sobre égide Portuguesa.
Mas a grande mudança vinha no aspecto do futurista do mesmo tratado, pois não só se negociou os territórios que já eram conhecidos, mas também os que poderiam vir a ser descobertos mais tarde.
Assim sendo ficaram para Castela todos os novos territórios que viessem a ser descobertos a norte das Canárias, sendo que a Portugal caberiam todos os novos territórios que fossem descobertos a sul do mesmo arquipélago.
Com este tratado Castela, e Navarra, conseguiam a autoridade final sobre as áreas de influência que já estavam a trabalhar, incluindo as ilhas das Canárias que ainda não detinham controladas, e Portugal consegue todo o novo continente para descobrir até ao esperado caminho Marítimo para a Índia.
Este tratado viria no entanto a ser colocado em causa pelas viagens de Cristóvão Colombo, sendo por isso sucedido pelo Tratado de Tordesilhas em 1494.
Personalidades chave deste evento
Ordenados por relevância no evento

D. João II
